A Cáritas Diocesana de Picos em Parceria com a Universidade Federal do Piauí acaba de lançar o Programa de Extensão NETI (Núcleo de Estudo da Terceira Idade), que envolve os projetos dos cursos de Pedagogia, Enfermagem e Nutrição do Campus Senador Helvídio Nunes.
O programa inicia com uma turma piloto de 40 idosos, todos encaminhados através da Cáritas, terá duração de 200 horas com uma programação voltada à formação e ampliação de saberes na área de educação e saúde, que devem ser somados ao conhecimento adquirido ao longo da vida de cada um dos participantes.
De acordo com o Pe. Flávio Santiago, Vice-Presidente da Cáritas Diocesana e Vigário Geral da Diocese de Picos, “a função da Cáritas é promover a solidariedade, o encontro e trabalhar para diminuir do tecido social a chaga exclusão”. O padre acrescenta que, segundo o IBGE houve um crescimento da população na faixa da terceira idade, acompanhado do aumento da expectativa de vida, por isso a preocupação em saber como estão vivendo os idosos e o que fazer para que eles não levem uma vida à margem da sociedade.
“A Cáritas Diocesana sensível à realidade e inspirada nos ensinamentos de Jesus bateu às portas da Universidade Federal do Piauí em busca de parcerias que permitissem trabalhar com as pessoas da terceira idade”, afirma.
Segundo a professora Laura Formiga, coordenadora do Núcleo de Estudos da Terceira Idade, a expectativa é retirar esses idosos do sedentarismo e da exclusão social, trazendo-os para a universidade como universitários, onde haverá o processo de ensino-aprendizagem para ambas as partes. “Esperamos que eles atuem como disseminadores do que foi aprendido nos projetos, para que outros idosos possam se interessar e fazer parte das próximas turmas. Como teste piloto teremos os cursos de Pedagogia, Enfermagem e Nutrição, onde cada um vai desenvolver atividades específicas à sua área e futuramente contaremos também com a adesão dos demais cursos do Campus”, disse.
Na oportunidade, participantes do NETI se manifestaram falando da alegria em poder participar, voltar à sala de aula e aprender para também ensinar. “Fiquei na expectativa como se fosse a primeira vez a ir para escola, acho muito importante esta iniciativa, muitas vezes os nossos direitos não são respeitados, vez por outra encontramos uma barreira e precisamos lutar para que o nosso espaço seja garantido, as pessoas me perguntaram se eu fiz vestibular ou vou entrar como portadora de diploma, e eu disse que não, a minha idade me garante esta oportunidade”, agradeceu a senhora Raquel Antonia da Silva à Cáritas e à Universidade Federal do Piauí.
Fonte: Protal Acessepiaui.com.br
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