quinta-feira, 31 de março de 2011

Mulheres se manifestam por direitos e políticas públicas em São Raimundo Nonato

Na ultima quarta-feira, 30 de março, o movimento “Margaridas Promovendo Identidade Feminina” realizou uma mobilização na cidade de São Raimundo Nonato com o lema “Os direitos da mulher também são direitos humanos”. O evento lançou e preparou mulheres do município de São Raimundo Nonato para a Marcha das Margaridas, em nível nacional, e contou com o apoio de entidades como a FETAG, STTR/SRN, CÁRITAS, CPT, PROARTE/FUMDHAM, CAPOEIRA DE QUILOMBO e outras.

O movimento em São Raimundo Nonato reúne mulheres agricultoras, sindicalistas, professoras das redes estaduais e municipais, professoras universitárias, mulheres quilombolas, assessoras técnicas de organizações não governamentais. Essas mulheres, articuladas no espírito de luta por direitos do dia 08 de março, organizaram-se no movimento para aprofundar o debate público sobre direitos e políticas públicas. Uma carta solicitando a efetivação de políticas públicas para mulheres foi entregue a diversos órgãos públicos como as Secretarias Municipais de Educação, Saúde e Assistência Social; INSS, Promotoria Pública e Conselho Tutelar. A pauta do debate com as organizações e a população se concentra nos eixos de saúde e seguridade social, combate a violência contra a mulher, educação e cultura.

Neste dia, uma caminhada pela cidade, partindo da Praça do Relógio até a Câmara Municipal, foi realizada oportunidade na qual foram apresentadas as informações das organizações públicas e foi lido o manifesto do próprio movimento com constatações e reivindicações levantadas em debates com grupos e mulheres na cidade e zona rural do município.

Marcha das Margaridas

O movimento nacional leva o nome de Margarida Maria Alves, trabalhadora rural, tesoureira e em seguida presidente do sindicato de trabalhadores rurais em Lagoa Grande – Paraíba. Margarida lutava pela defesa dos direitos dos homens e mulheres do campo, pelo décimo terceiro salário, o registro em carteira, a jornada de oito horas e as férias obrigatórias. Foi uma das fundadoras do Centro de Educação e Cultura dos/as Trabalhadores/as Rurais, cuja finalidade é, até hoje, contribuir no processo de construção de um modelo de desenvolvimento rural e urbano sustentável, a partir do fortalecimento da agricultura familiar. Por causa de suas lutas Margarida foi assassinada a mando dos patrões em 12 de agosto de 1983. Sua história continua sendo um dos grandes referenciais de mobilização das lutas das mulheres no nordeste brasileiro.


Cáritas Diocesana de São Raimundo Nonato

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