Aconteceu na manhã desta quinta-feira (27), no salão paroquial em Campo Maior, o lançamento do projeto: Consolidando ações para um Nordeste Democrático, Solidário e Sustentável. O projeto que é uma iniciativa da Cáritas Brasileira Regional do Piauí e Cáritas Diocesanas com o apoio do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), será desenvolvido nas dioceses de Campo Maior, Bom Jesus e Floriano possibilitando ações comunitárias de convivência com a região semiárida.
No evento estavam presentes o Bispo Diocesano Dom Eduardo Zielski, o Gerente do Banco do Nordeste Gilberto Alves, representantes do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais, Universidade Estadual do Piauí – Campus Heróis do Jenipapo, Emater, paróquias da Diocese de Campo Maior, pastorais e Secretaria de Agricultura Municipal.
O projeto tem como objetivo promover ações alternativas que possibilitem a inclusão social das famílias carentes na região do semiárido, na promoção e garantias dos seus direitos, especificamente na promoção da geração de renda, nas localidades contempladas através da capacitação de jovens, mobilização das famílias, dos grupos e comunidades. Serão desenvolvidas atividades relacionadas a criação de animais, construção de cisternas, artesanato e agricultura.
Na Diocese de Campo Maior estão envolvidas 160 famílias de quatro municípios: Juazeiro do Piauí, Sigefredo Pacheco, São João da Serra e Assunção. Segundo Hortência Mendes, secretária regional da Cáritas, o projeto visa não só levar condições de sobrevivência na região. “Com esse projeto a Cáritas vai até as famílias levando-lhes a proposta de desenvolvimento solidário, sustentável e territorial, inaugurando uma nova forma de se viver em harmonia e com respeito ao meio ambiente”.
Dom Eduardo Zielski, presidente da Cáritas Diocesana de Campo Maior, que é de origem polonesa elogiou o projeto e relembrou dos tempos que viveu na Polônia, sua terra natal. Segundo o Bispo não é só no semiárido que as famílias tem que se adaptar ao clima. Nas regiões mais frias que são tomadas pela neve boa parte do ano, como a Polônia, as famílias aprenderam formas de armazenar alimentos, criar os animais e outros cuidados que garantem uma vida harmoniosa e digna.
"Assim que eu cheguei, não entrava na minha cabeça porque as pessoas abandonavam suas terras tendo formas de produção. Precisamos educar a mentalidade, a cabeça das pessoas para que aprendam a conviver com a seca, continuem na sua terra, no campo e tenham alegria de viver”, afirma Dom Eduardo.
O lançamento em Campo Maior foi o primeiro de três lançamentos que estão previstos. Os outros dois acontecerão nos dias 29 de janeiro em Flores do Piauí – Diocese de Floriano – e 31 em Cristino Castro – Diocese de Bom Jesus.
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